segunda-feira, 21 de junho de 2010

Voltando

Faz tempo que eu não coloco nada no blog, hoje eu ainda não vou colocar uma tirinha, mas vou deixar um trecho de O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Ora, seria uma coincidênciatão absurdamente inprovável que um ser tão estonteantemente útil viesse a surgir por acaso, por meio da evolução das espécies, que alguns pensadores veem no peixe-babel a prova definitiva da Inexistência de Deus.
O raciocínio é mais ou menos o seguinte: "Recuso-me aprovar que eu existo", diz Deus, "pois a prova nega a fé, e sem fé não sou nada". Diz o homem: "Mas o peixe-babel é uma tremenda bandeira, não é? Ele não poderia ter evoluído por acaso. Ele proca que você existe, e portanto, conforme o que você mesmo disse, você não existe. Quod erat demonstrandum.
Então Deus diz: "Ih, não é que eu não tinha pensado nisso?" E imediatamente desaparece, numa nuvenzinha de lógica.
"Puxa, como foi fácil", diz o homem, e resolve aproveitar e provar que o preto é branco, mas é atropelado ao atravessar fora da faixa de pedestres.

Se interessou? Leia o livro. Leu e se interessou mais ainda? Leia os cinco livros da série.
Não gostou? Leia também. Além de criticar e questionar a religião, Douglas Adams também criticou e debochou de muitas outras coisas. Ao final, você, que se sentiu ofendido, pode encarar isso apenas como uma obra de ficção, muito boa por sinal.

Até breve com mais tirinhas e outros textos.

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José